Foto: Pedro Piegas (Diário)
A falta histórica de árvores nas ruas de Santa Maria foi novamente debatida na manhã de ontem pelo poder público e por entidades representativas. A atividade, que deu início à Semana do Meio Ambiente 2019, retomou a discussão a respeito do Plano Municipal de Arborização, elaborado em 2007, mas que até agora não saiu do papel.
Atualmente, o Executivo não possui dados sobre quantas árvores há na cidade. Assim, a remoção de espécies de ruas e avenidas não é amparada por critério que indique qual o impacto para o meio ambiente e para o bem-estar da população.
Ontem, o primeiro passo para a definição das diretrizes que irão nortear o plano foi dado, com a formação de uma Comissão de Estudos Ambientais, constituída por representantes da prefeitura, de instituições de ensino e de entidades ligadas à área. A ideia, segundo a secretária Sandra Rebelato, é unir forças para que o projeto possa ser efetivado e, posteriormente, seja instituído legalmente:
- Vamos nos organizar para que aconteça um trabalho de estudo e relatoria, mas a nossa maior expectativa é que consigamos fazer esse documento e, a partir dos dados técnicos, possamos fazer uma proposição de lei para torná-lo obrigatório. Ao término dessas conclusões e desse estudo, faremos um projeto de lei para encaminhar ao Legislativo. É um trabalho profundo, que deve ser feito até o final do ano - informa.
Prefeitura vai fazer um inventário das árvores de Santa Maria
A comissão irá se reunir novamente no próximo dia 18, para fazer uma revisão técnica do plano antigo e discutir a viabilidade de implementação, bem como o estabelecimento das regiões a serem contempladas, assim como a definição das espécies a serem plantadas, transplantadas ou retiradas, e de que forma o trabalho será feito. O cronograma de trabalho e o plano de ações a serem implementadas deve ser elaborado a partir da próxima reunião.
SEM AVANÇO
Em 2011, outro projeto de georreferenciamento de arborização e da situação fitossanitária dos exemplares na cidade chegou a ser aprovado pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema), mas também não avançou. Conforme o superintendente de Licenciamento e Controle Ambiental e Animal, Gerson Vargas Peixoto, a ideia é que a prefeitura possa fazer o estudo e o cadastro das espécies que serão implantadas para determinar, por exemplo, quando fazer a manutenção e poda, e ter o controle da situação.
- Com isso, também devemos trabalhar a orientação para a população, para que as pessoas não implantem espécies inadequadas em locais inadequados, que é uma dificuldade que temos enfrentado - comenta Peixoto.
PROGRAMAÇÃO
O que ocorre hoje na Semana do Meio Ambiente de
Santa Maria. As atividades seguem até o dia 16:
- 8h - Palestra: Atuação e estrutura do órgão ambiental municipal e onde fica a "conservação", com o secretário adjunto do Meio Ambiente, Guilherme Rocha, no Anfiteatro do Colégio Politécnico, na UFSM
- 19h - Palestra 1: Importância do controle biológico de pragas e doenças na produção de alimentos e proteção do ambiente, com Rosane Morais, do Centro de Pesquisa em Florestas. Palestra 2: Uso de resíduos orgânicos na produção de alimentos, com Gerusa Steffen, do Centro de Pesquisa em Florestas, no Anfiteatro do Colégio Politécnico, na UFSM
- Realização - As palestras fazem parte da 4ª Semana Acadêmica do Técnico em Meio Ambiente, Proteção Animal e Produção Animal do Colégio Politécnico.
- Ingresso - 1 quilo de alimento não perecível